sábado, 1 de maio de 2010

Adeus ....


Porque a hora morte é tão difícil para nós? Mesmo todos sabendo que esse é o grande fim da humanidade? È difícil acreditar que pessoas que estão ao nosso lado, amigos, familiares, colegas de serviço ou faculdade, podem partir de uma hora para outra deixando saudades, que podem nos deixar a qualquer momento.
Hoje fui no velório da mãe - do - padrasto - da - minha - amiga, como é difícil essa hora! Cada um sofre da sua maneira, uns choram, outros se calam, alguns riem. Mas cada um no seu interior está sentindo a mesma coisa, a mesma saudade, a mesma vontade de ter a pessoa de volta por alguns minutos. Por mais que nós tentamos nos consolar, dizendo que descansar em Deus é melhor do que ficar sofrendo, a dor ainda é grande e presente, ainda mais para os filhos, netos, e pessoas mais próximas.
O adeus sempre machuca! Não importa a maneira, nem o motivo, mesmo sabendo que foi melhor ou não sabendo, sempre é uma dor que só o tempo pode amenizar, porque curar mesmo, acho que nunca cura!

E é nessas horas que muitas coisas passam pelas nossas cabeças, coisas que poderíamos ter feito mas não fizemos, maneiras que poderíamos ter ajudado em vida e que por algum motivo não fizemos. E quando no fundo a gente sente que o motivo foi um simples "Ah. Depois eu vou, ela vai estar lá", a dor parece que triplica. Você olha e pensa: Eu poderia ter feito muito mais e não fiz ...
Depois que essa hora chega, não adianta tentar justificar e arrumar milhões de desculpas pelas coisas não feitas, a única maneira é chorar , pra tentar amenizar a dor da culpa, do remorso ou do descaso.

Todos dizem que devemos fazer muito mais do que está em nosso alcance. E isso, é a pura verdade. Não sabemos se estaremos aqui amanhã, ou daqui a algumas horas. Cada segundo realmente pode ser o último.

Dia realmente difícil, mas muito reflexivo. E com isso, deixo-os com um verso de um grande filme brasileiro:

"Cumpriu sua sentença e encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca de nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo morre" ( O Alto da Compadecida)


Fui.

Um comentário:

Anônimo disse...

Temos que viver nossa vida, loucamente, minha cara, afinal é uma incógnita saber qual o momento da última respiração, palavra, olhar...